top of page

Entrevista com Lxterdiary

Como você desenvolveu um estilo de escrita?


Lendo muito. Eu sempre gostei de ler, desde criança e acho que isso me influenciou demais. Conhecer diversos estilos de escrita no decorrer das fases da minha vida, me ajudou bastante a desenvolver o meu próprio estilo, do qual eu gosto mas sempre procuro melhorar.


Você prefere escrever de forma manuscrita ou com auxílio do computador?


Vai depender muito do meu estado de acesso. Quando eu tenho um computador comigo, eu amo escrever nele, pois as ideias fluem de maneira gostosa e eu consigo me aprofundar ainda mais, escutando uma música ou até mesmo realizando pesquisas para a melhora do texto. Mas, ao contrário disso, quem não gosta do bom e velho método manuscrito, não é mesmo? Eu não posso dizer que não gosto, porque eu gosto, mas não prefiro, não mais. Antigamente eu escrevia sempre em cadernos para depois transcrever para o modelo digital, mas hoje as coisas estão mais tecnológicas e por que não aproveitar, certo?


Você sofre/já sofreu com bloqueio criativo? Como fez para superá-lo?


Demais. Sofri muito com essa rejeição do meu cérebro de me proporcionar momentos bons com ideias e afins para eu poder escrever um livro e posso dizer que é uma das piores coisas na vida de um escritor. Eu procurava ir assistir séries e ler alguns livros. Eu já sou um tanto que viciada em séries, por isso, buscava sempre a minha inspiração nas imagens e falas. Muitas vezes era útil e eu assistindo algo totalmente aleatório, me vinha na cabeça uma ideia que eu precisava parar de assistir para escrever ou então deixar a ideia anotada. É algo relativamente estranho, mas funciona.


Você tem algum costume “estranho” enquanto escreve?


Eu nunca reparei isso. Posso dizer que ao contrário de muitos escritores, nem sempre eu preciso estar ouvindo música para poder escrever, o que difere bastante e se for considerado “estranho”, estamos dentro com esse modo de agir.


Você escreve para si mesmo ou para o leitor?


Eu escrevo para ambos. Não posso negar que amo o que estou escrevendo, mas sempre me pergunto o que o meu leitor vai compreender com o que eu escrever, ou se ele vai gostar de tal maneira. Sempre coloco as escolhas deles à frente dos meus livros, querendo proporcionar uma boa leitura e entendimento com minha escrita. Quero que eles se sintam à vontade e se eu não me sentir dessa forma, eu sei que não vão se sentir, porque assim como muitos, eu também sou leitora e entendo o lado de cada um.


Como escritor, o que te motiva a fazer uma nova estória?


A vontade de mostrar meus pensamentos e ideias às pessoas. Eu sempre me pego perguntando o que seria do mundo se soubesse da existência de uma história x, embora ela seja clichê ou não, mas é isso que me motiva, saber que eu tenho com quem contar, quem possa ler minhas loucuras e minhas tristezas, afinal, tenho leitores e parceiros lindos que estão sempre me ajudando e me apoiando. Saber que você tem um espaço reservado no mundo a fora é incrível e eu quero dar voz aos meus pensamentos, vida aos meus personagens pois acima de tudo, eles sempre terão alguma coisa a mostrar para meus leitores. Minha motivação a escrever uma nova história é também a força de vontade, fé e compreensão comigo mesma, pois sem isso nada estaria em seu lugar nesse momento.


Quando vem a inspiração, você deixa a ideia incubando ou tem que colocá-la para fora escrevendo em algum canto?


Escrever em algum lugar o mais rápido possível, por favor (risos). Eu sou muito esquecida, de verdade, então se eu não anotar pelo menos algo, como um resumo do que quero contar em determinado trecho da história quando me aparece essa inspiração, aquilo some e nunca mais volta. Até parece fumaça que aparece e desaparece em questão de segundos. Eu procuro sempre rascunhar em algum lugar quando estou inacessível a escrita do meu livro e assim, não ficamos todos perdidos sem ter o que contar, pois quem é autor sabe que ou não vem nada na sua mente, ou vem aquele turbilhão de ideias que te massacram e te obrigam a armazenar os pensamentos em um pedaço de papel que for, é algo mágico.


Quando termina um trabalho ou precisa dá uma pausa, como você procura relaxar?


Da mesma maneira que eu procuro lidar com meu bloqueio. Como eu disse, eu sou viciada em séries e elas são a minha paixão, por isso, sempre que eu quero relaxar, deito em minha cama e assisto a algum ou alguns episódios das minhas incontáveis séries. Até mesmo relaxar o corpo no sofá me faz feliz. Passar um tempo com a minha bebê de quatro patas e minha mãe também é uma ótima forma de relaxar o corpo e a mente da escrita, mas confesso que eu nunca consigo ter um momento de relaxar quando “termino um trabalho”, porque eu nunca termino um para descansar, sempre há algum projeto que está sendo desenvolvido no final do que estou terminando, o que não me dá tempo para sossegar, mas eu gosto disso.


Quando está desenvolvendo um trabalho, em que determinado ponto do desenvolvimento, você se sente segura para mostrá-lo a outras pessoas?


Quando eu mesmo entendo que é a hora certa. Não é apenas um ponto de vista de escritora, mas sim de leitora. Eu paro, releio a história e converso comigo mesma sobre o momento certo para poder divulgar e começar a postar os capítulos. É quando eu olho e falo: Okay Care, você pode trazer seus personagens ao mundo, dar vida real a eles e colocá-los na vida de seus leitores para fazer o que tiver que acontecer. No meu primeiro livro essa segurança veio logo no começo, mas agora em meu novo livro, eu estou com alguns capítulos escritos, não cheguei na metade, mas não quero mostrar ainda a vocês, por querer fazer suspense e também querer poder dar mais. Ainda não está completo para poder surgir na vida de vocês. Na hora certa vai.


Em sua escrita, você sente que foi influenciado por algum escritor(a)?


Sim, completamente. Eu sempre gostei de Nicholas Sparks e acho que vem dele as minhas histórias serem tão, como posso dizer, sentimentais?, porque todos aqui conhecem o trabalho de Sparks e sabem como é. Mas eu comecei mesmo a ter vontade de escrever depois que eu comecei a ler fanfics. Sim, eu lia fanfics e além disso, eu comecei minha carreira escrevendo fanfics. E a partir daí, eu entrei em um outro mundo, que foi conhecer Nora Roberts e me aperfeiçoar pela escrita dela. Aprendi muita coisa sobre escrever um livro com ela. E assim foram se passando os anos, onde eu fui conhecendo mais escritores nacionais e acredito eu, que, por ter mais acesso a diferentes estilos de escrita, eu consegui modificar os meus métodos.


Que conselho você daria para um jovem escritor?


Faça o que você tem vontade de fazer. Se sua paixão é escrever, invista em seu sonho e não deixe que outras pessoas te desanimem com palavras adversas. Não é uma profissão fácil, longe disso, mas estamos aqui por amor, dando vida aos nossos pensamentos, as nossas vontades. Contando ao mundo as histórias que nós contamos para nós mesmos e fazendo todos aprenderem com elas e isso é o legal na literatura, poder crescer, ser ouvido e expandir ideias e pensamentos sem ser julgado. Nem que você escreva para você, para a sua mãe, para um amigo, é uma forma de libertação que eu insisto em estar sempre de coração aberto para continuar levando minha escrita para todos e nunca desistir por conta de um bloqueio. É o que mais você vai ter meu jovem, mas não desista por isso e nem por nada!


Quais livros ou séries são seus/suas favoritos (as)?


Eu tenho um quarteto favorito de livros que é o “Quarteto de Noivas” da Nora Roberts e também alguns livros avulsos de escritores nacionais como um deles sendo “Indomável”, da Zoe X (que está no segundo livro, é uma saga, chamada Dark Hand).

Séries? Perguntou para uma viciada (risos). Chicago PD é a minha série favorita desde o seu lançamento, a seis anos atrás. Antes dela veio uma série chamada Revolution (poucos conhecem e tiveram apenas duas temporadas) e logo após, Shadowhunters se juntou a minha lista de queridinhas. Grimm e Revenge estão no top 5 também. Eu gosto de muitas séries para poder estar ao ponto de chamá-las de todas favoritas. Não é para menos uma pessoa que assistiu uma vez 7 séries ao mesmo tempo, pois assistia via tv a cabo e cada uma passava em horário e dia diferente e então, meu vício começou. Hoje, com Netflix e sites de séries é impossível não estar ligada sempre.


Como você se sentiu dando forma a um livro que trás uma mensagem tão “sombria” e importante?


Me senti uma pessoa diferente. Eu nunca tinha lido algo parecido e ouvir de meus leitores que eu fui a causadora de lágrimas e de novas visões em suas vidas é algo fantástico. Ouvir deles também que a minha história é a primeira encontrada e lida com esse tema é algo gratificante também, pois me faz querer mostrar ainda mais ao mundo as coisas que tenho escondidas em minha mente e coração.


Você imaginou que o final do jeito que está ou ele só criou forma no final do livro?


Eu imaginei dessa forma. Foi algo que também me pegou de surpresa quando eu decidi escrever essa história e ela foi se criando em minha mente. Eu achei que seria legal passar de alguma forma, esse tipo de escrita para os meus leitores, independente se eles fossem me matar ou não depois de ler (risos). E, conforme eu fui escrevendo eu só percebia o quanto daria certo e era o final perfeito para encerrar aquela história de amor e superação de uma perda.


Você também chorou escrevendo esse livro?


Não vou negar que eu chorei nos últimos capítulos. Sim, apenas nos últimos. Era um modelo de escrita tão normal para mim, que não me abalou tanto no decorrer da escrita. A ideia foi fluindo tão levemente que eu acabei me emocionando em certas cenas, onde eu não consegui esconder as lágrimas, de jeito algum.


De onde veio a inspiração para essa história?


Para começar, devo dizer que esse livro era uma fanfic da marvel, que eu decidi alterar tudo e transforma-la em livro original, mudando personagens, algumas partes do enredo e afins, mas não perdendo o foco e nem mesmo a ideia da história e o principal, a mensagem e o final (risos). Eu tinha ela engavetada a muito tempo, apenas alguns capítulos e fui influenciada por uma amiga a dar continuidade apenas por eu mostrar a sinopse para ela. Ela também tinha um outro nome, era “Photograph” (como fanfic), e eu queria mostrar para todos, realmente, como as pessoas se sentem quando perdem alguém. Existem diversos modos de demonstrar um luto e eu trouxe, acredito eu, um dos piores, que foi a negação da Jess em aceitar a perda do marido e amigo, que é o que mais acontece, porque não queremos que ocorra nada disso na vida de ninguém. Sabemos que é necessário, mas nunca estamos preparados.


Enquanto eu escrevia esse livro na primeira versão, eu perdi alguém muito especial e próxima de mim e aquilo foi um choque na minha vida. Eu vi naquele livro um motivo de continuar e expor sentimentos e alertas, podendo chamar dessa forma, para sempre estarmos ali para os outros, ou de qualquer forma, viver sua vida da melhor maneira possível, pois nossa vida nos enche de surpresas a cada segundo e não é nada legal ficar dependente da culpa ou algo parecido. Precisamos estar conscientes e em paz sempre, embora seja extremamente difícil. Foi dessa forma que eu decidi continuar a escrita, depois de pensar muito em desistir pela primeira vez na minha vida de escritora e surgiu as demais ideias e sofrências que são abordadas neste livro.


No decorrer do livro, você citava muito um filme, poderia falar para a gente, que filme era esse?


Claro, o nome do filme é “In My Dreams”, que aqui no Brasil fica “Em Meus Sonhos”. É um drama/romance de 2014 estrelado por Mike Vogel e Katharine McPhee. A história conta sobre Natalie e Nick, que nunca se conheceram pessoalmente mas ambos os personagens se conhecem através dos sonhos. É uma profecia que eles acabam participando sem acreditar, onde ambos jogaram uma moeda em uma fonte ao mesmo tempo, mas sem se verem no local. A partir deste dia, eles começaram a sonhar um com o outro e podemos dizer que eles se apaixonaram, mas tem um porém nisso tudo, essa profecia diz que eles devem se encontrar em até sete dias na vida real para poderem ficarem juntos, ou então, como se diz em contos de fadas, o final feliz não irá chegar. Será que eles conseguem? É um filme muito gostoso de se assistir, você torce pelo casal o filme inteiro, se encanta e se apaixona por eles a cada segundo e aguarda ansiosa para o final dar certo, mas então, você precisa assistir para saber o que acontece, não dou spoilers, apenas desperto a curiosidade das pessoas. Vale muito a pena.


Você pretende escrever mais algum livro que aborda perdas?


Não posso afirmar nem discordar, afinal, eu não sei o que pode vir na minha cabeça daqui a algum tempo, mas esse livro foi algo surreal para mim e escrevê-lo foi sensacional, pois eu senti tudo o que eu coloquei ali dentro. Eu acabo relatando em outros livros novos algumas perdas, mas nada que enfatize como neste livro, que é propriamente voltado para esse tema.


Quais seus planos para o futuro em sua carreira de escritora?


No momento em posso dizer que estou com um livro em produção que em breve chega para vocês poderem desfrutar. Quero finalmente poder lançar meu primeiro físico com ele e ir para a Bienal ano que vem (haha, o sonho). Pretendo expandir os meus livros, sempre buscando novos ares, em gêneros e afins, mas não querendo me perder nunca da minha proposta favorita, que é estar dentro dos romances e quem sabe algo com uma pegada mais quente?!

1 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Entrevista BOOKSIBOOKS

1) Quando foi que você decidiu ser escritora? Eu era uma leitora fanática de fanfics de um gênero específico e um dia eu pensei: por que eu não posso criar o meu próprio mundo e mergulhar dentro dele

Post: Blog2_Post
bottom of page